Eu Sou
Disse Deus a Moisés: “Eu Sou o que Sou. É isto que você dirá aos israelitas: Eu Sou me enviou a vocês.” Êxodo 3:14
Num mundo de muitos deuses, o Deus do Antigo Testamento Se distinguiu sobremaneira. Não muitos, apenas um: “Ouça, ó Israel: o Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor” (Dt 6:4). Um para todo sempre, um antes de todas as coisas, um hoje, um eternamente. Assim, o Decálogo, escrito com o dedo do único Deus, apresenta como seu primeiro preceito: “Não terás outros deuses além de Mim” (Êx 20:3).
Esse único Deus chamou Moisés, o pastor de ovelhas, e ordenou-lhe a voltar ao Egito e libertar Seu povo. Voltar ao Egito com sua multidão de deuses – Rá, Amon, Ísis, Osíris, Ptah e assim por diante – levou Moisés a perguntar: Se “eles me perguntarem: ‘Qual é o nome dEle?’ Que lhes direi?” (Êx 3:13).
A resposta foi EU SOU. O eterno, Aquele que sempre existiu, com um nome que está além de qualquer outro, pois descreve quem e o que Deus é. Antes de todas as coisas: EU SOU. Além de todas as coisas: EU SOU.
Tudo e todos envelhecem, mas não o EU SOU. Tudo deixa de existir, mas não o EU SOU. O grande EU SOU é o Ancião de Dias, pois Deus existia antes mesmo de o tempo existir. Mas o EU SOU é eternamente jovem, tão novo como o orvalho que cobre a vegetação pela manhã, pois a existência infinita se estende perante Ele.
Deste verso, Êxodo 3:14, originou-se o nome de Deus usado pelos fiéis hoje – Jeová, ou, mais propriamente dito, Yahweh. Ninguém sabe o nome exato, pois o hebraico antigo era escrito apenas com consoantes (para esse nome, YHWH) e era considerado tão sagrado que os israelitas nunca o pronunciavam em voz audível.
Passaram-se 1.500 anos, um Homem apareceu na Terra e corajosamente reivindicou esse nome sagrado para Si. “Antes de Abraão nascer”, Jesus de Nazaré declarou, “Eu Sou!” (Jo 8:58).
Que presunção! Que blasfêmia! Não é de admirar que os ouvintes tentaram apedrejá-Lo.
Mas... e se? E se Jesus realmente foi a personificação de Deus, e se “nEle havia vida, original, não tomada por empréstimo, não derivada” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 296)? Então Aquele que apareceu a Moisés na sarça ardente, o Eterno, havia uma vez mais irrompido no tempo e no espaço.
Ele é quem nos convida hoje: “Serei o Seu Deus, e vocês serão o Meu povo.”